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5. Princípios de acessibilidade

O campo da acessibilidade digital possui várias diretrizes e princípios estabelecidos para guiar desenvolvedores, designers e outros profissionais na criação de produtos acessíveis. Entre os mais conhecidos estão o PARE (Princípios de Acessibilidade em Recursos Educacionais) e o WCAG (Web Content Accessibility Guidelines). Este capítulo irá explorar esses princípios em detalhes, fornecendo insights sobre como eles podem ser aplicados na prática.

PARE - Princípios de Acessibilidade em Recursos Educacionais

O PARE foca especificamente em tornar os recursos educacionais acessíveis. Seu objetivo é assegurar que todos os estudantes, independentemente de suas capacidades, tenham igualdade de acesso ao conteúdo educacional.

Perceivable (Perceptível)

Este princípio destaca a importância de tornar a informação facilmente perceptível para todos. Isso pode incluir o uso de texto alternativo para imagens, legendas para vídeos e uma hierarquia visual clara para o conteúdo do site.

Accessible (Acessível)

Isso diz respeito à facilidade de interação com o conteúdo. Isso pode incluir navegação simplificada, o uso de teclas de atalho e a capacidade de usar leitores de tela ou outras tecnologias assistivas.

Reusable (Reutilizável)

Este princípio foca em criar conteúdo que pode ser facilmente adaptado ou reutilizado em diferentes contextos. Isso ajuda não apenas em termos de acessibilidade, mas também em tornar o conteúdo mais sustentável e eficiente.

Editable (Editável)

Para ser verdadeiramente acessível, o conteúdo deve ser editável para se adaptar às necessidades específicas do usuário. Isso pode incluir coisas como fontes redimensionáveis, modos de contraste elevado e outras formas de personalização.

WCAG - Web Content Accessibility Guidelines

O WCAG é talvez o conjunto de diretrizes de acessibilidade mais amplamente reconhecido e utilizado. Ele é composto por três níveis de conformidade (A, AA, AAA) e se baseia em quatro princípios fundamentais: percebível, operável, compreensível e robusto.

Perceivable (Perceptível)

Assim como no PARE, a ideia é tornar todas as informações e componentes da interface facilmente perceptíveis para o usuário, independentemente de suas capacidades.

Operable (Operável)

Os componentes da interface e a navegação devem ser operáveis, o que significa que os usuários devem ser capazes de interagir com todos os elementos da interface de maneira eficaz.

Understandable (Compreensível)

A informação e a operação da interface devem ser claras e intuitivas. Isso pode envolver coisas como linguagem simples, feedback de ações e consistência na disposição dos elementos.

Robust (Robusto)

Para ser verdadeiramente acessível, o conteúdo deve ser suficientemente robusto para ser interpretado de forma confiável por uma ampla variedade de agentes de usuário, incluindo tecnologias assistivas.


Os princípios de acessibilidade como PARE e WCAG fornecem um quadro estruturado que pode guiar os esforços de acessibilidade em diferentes contextos. Eles estabelecem diretrizes claras e mensuráveis que ajudam a manter um foco na experiência do usuário, garantindo que as interfaces sejam acessíveis para o maior número possível de pessoas. Por serem amplamente adotados, esses princípios também oferecem uma forma de padronizar práticas de acessibilidade, tornando mais fácil para os desenvolvedores e designers alinhar seus esforços com as melhores práticas estabelecidas no campo da Interação Humano-Computador.