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2. Avaliação da qualidade de uso
A avaliação da qualidade de uso em IHC é um processo sistemático e multifacetado que visa entender como uma interface atende às necessidades e expectativas dos usuários. Este processo não é apenas uma etapa final para validar se um sistema é "bom" ou "ruim", mas sim uma atividade contínua que deve ser integrada ao ciclo de vida do desenvolvimento do sistema. A avaliação pode ocorrer em diferentes estágios, desde a fase de concepção até a implementação e manutenção, permitindo ajustes e refinamentos constantes.
O conceito de "qualidade de uso" é frequentemente dividido em três componentes principais: eficácia, eficiência e satisfação do usuário. A eficácia refere-se à capacidade do sistema de permitir que os usuários alcancem seus objetivos. Isso pode ser medido através de métricas como o número de tarefas concluídas com sucesso, a precisão das informações obtidas ou a qualidade dos resultados produzidos. Por exemplo, em um sistema de busca, a eficácia poderia ser avaliada pela relevância dos resultados retornados para uma série de consultas de teste.
A eficiência, por sua vez, diz respeito à quantidade de recursos—como tempo, esforço cognitivo e ações físicas—necessários para alcançar esses objetivos. Em um aplicativo de navegação por GPS, por exemplo, a eficiência poderia ser avaliada pelo tempo necessário para inserir um destino, iniciar a navegação e chegar ao local desejado, bem como pelo número de interações necessárias para realizar essas ações.
A satisfação do usuário é o terceiro pilar da qualidade de uso e talvez o mais subjetivo deles. Ela abrange a percepção geral do usuário sobre a experiência de interação, incluindo aspectos emocionais como prazer, conforto e confiança. A satisfação é frequentemente avaliada por meio de questionários, entrevistas ou métodos de coleta de feedback em tempo real. Em um jogo de computador, por exemplo, a satisfação poderia ser medida através de questionários pós-jogo que avaliam o nível de engajamento, diversão e vontade de continuar jogando.
Além desses três componentes, outros aspectos como acessibilidade, escalabilidade e segurança também podem ser considerados na avaliação da qualidade de uso, dependendo do contexto e dos requisitos específicos do sistema. A ideia é construir um quadro abrangente que capture tanto os aspectos quantitativos quanto qualitativos da experiência do usuário, fornecendo uma base sólida para melhorias contínuas e decisões informadas.